Resenha. Por: Alexandre de Freitas.
André Ebner, meio que despretensioso, mandou bem neste livro que brota do meio do povo com expressões de uma literatura de periferia que pensa, reage e produz os mais honestos e sinceros conhecimentos.
Não existe estilo que possa definir a arte. Ela é simplesmente (ou complexamente?) a Arte. Ela vem à mente e se manifesta de forma implacável numa sociedade injusta que produz seus excluídos. É uma voz que grita. Fazendo lembrar aquelas palavras do grande poeta paraibano, Augusto dos Anjos, porque o grito se alia a todos os anseios gemebundos daqueles que não são percebidos.
Constanta-se estas manifestações de arte quando André Ebner fala sobre a morte do seu Zé, mendigo e maltrapilho, mais fazia a alegria da garotada. Bêbedo e fedido, porém com uma dignidade comprovada nos seus sorrisos. A vida de sofrimento de seu Zé, ser humano como eu, você e muitos não foi nada fácil. Que o diga, se pudesse falar, um poodle de madame, animal que a elite cuida com zelo no seu mundo de opulência e vive melhor que o seu Zé.
O livro se sintetiza num constante vai-e-vem das palavras cuja ternura permeia nas linhas e nas entrelinhas, a ponto de uma única página ser ocupada por um poema de poucas palavras – três! Foram as palavras usadas para compor O poema mais bonito do mundo:
Eu te amo.
Gente, rostos, tesouros, caminhos e shopping Centers presentes aqui e ali, em constantes arranjos que nos levam a raciocinar. E comprovam que o poema na primeira pessoa por estarmos representando é o mais verdadeiro.
Quisera prosseguir... mas, nem tudo se explica por palavras. Ao ler o livro, a sensibilidade e a percepção haverão de dar maiores e mais completas explicações.
Obs.: toda renda do livro será destinada ao pagamento dos custos da impressão e ao Projeto Cre-ser. Ou seja, o livro não visa lucro.
Assino em baixo.
ResponderExcluirParabéns irmão Ebner, esse é o primeiro de varias obras de sua autoria.
abraços.